segunda-feira, 8 de junho de 2009



A falecida primeira-ministra de Israel,
Golda Meir.
“Já estou muito cansada de ouvir alegações de que os judeus ‘roubaram’ a terra dos árabes na Palestina. A verdade dos fatos é bem diferente. Muito dinheiro de boa procedência foi dado em pagamento pela terra e a realidade é que muitos árabes ficaram riquíssimos. Naturalmente houve outras organizações [além do Jewish National Fund (JNF) – “Fundo Nacional Judaico”] e inúmeros indivíduos que também compraram extensões de terra. Entretanto, no ano de 1947, só o JNF – com o dinheiro arrecadado em milhões das famosas ‘caixas azuis’ que se enchiam – já havia comprado mais da metade de todas as propriedades rurais judaicas naquele país. Portanto, acabem ao menos com essa calúnia”.
– Golda Meir, no livro My Life.
De fato, a desobediência do povo de Israel na Antiguidade trouxe desolação. Porém, a terra nem sempre foi assim. A Bíblia descreve a terra dada a Abraão, Isaque e Jacó como “uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel” (Êx 3.8). Deus prometera a Seu povo que eles seriam abençoados na seguinte condição: “Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno...” (Dt 28.1). Além disso, Deus advertiu que a desobediência deles lhes causaria o afastamento da Terra Prometida e que a própria terra ficaria desolada.
Entretanto, Deus também prometeu uma restauração: “Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo” (Is 27.6). A Palavra de Deus é categórica: a terra de Israel só gerará o fruto recompensador quando o povo que biblicamente lhe faz jus ao título e a quem pertence, estiver de posse dela. Do contrário, ficará sem cultivo, vazia e desolada.
Na realidade, o povo judeu alimenta dentro de si um anseio natural e intenso pela terra de Israel e por Jerusalém, sua amada cidade. O salmista compreendeu esse desejo singular, quase inexplicável, quando escreveu: “Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita” (Salmo 137.5).
Por outro lado, os conquistadores muçulmanos não tinham nenhum interesse nem amor pela terra que dominavam. A senhora Peters escreveu que embora aquele território tenha se tornado propriedade islâmica, os árabes que lá viviam “não tinham vontade nem experiência no trabalho agrícola; eles não tinham nenhum interesse ‘no trabalho duro’ nem no cultivo do solo”’.[12]
Hal Lindsey, em seu livro intitulado Everlasting Hatred [i.e., “Ódio Perpétuo”], fez a seguinte descrição da Terra Prometida sob o domínio dos turcos-otomanos:

A Terra Santa sofreu mais assolações nos quatrocentos anos de domínio turco-otomano do que nos mil e quinhentos anos anteriores. Por volta do século XIX, o antigo canal e os sistemas de irrigação foram destruídos. A terra estava estéril e cheia de brejos infestados de transmissores de malária. Os morros estavam completamente devastados, sem árvores e sem mata, de modo que toda a camada superior e arável do solo, bem como os terraços, já tinham sofrido erosão, restando somente a camada pedregosa.[13]

As coisas estavam tão ruins que a maioria dos muçulmanos ficou feliz por vender sua terra a qualquer pessoa que pudesse pagar os pesados impostos. Em 1901 foi instituído o Jewish National Fund [i.e., Fundo Nacional Judaico]. Esse fundo começou com a coleta de dinheiro no mundo todo, a fim de comprar a terra que estava nas mãos dos usurpadores muçulmanos e torná-la acessível à população judaica nativa e a muitos imigrantes judeus que quisessem fazer da Palestina – a antiga Terra Prometida – novamente o seu lar.
Golda Meir, que junto com seu marido foi uma das pioneiras a chegar àquela terra em 1921 e que, posteriormente, se tornou primeira-ministra de Israel, escreveu:

As únicas pessoas que talvez pudessem se encarregar do serviço de drenagem da região pantanosa do Emek [i.e., o vale de Jezreel] eram os pioneiros altamente motivados do movimento Sionistas Trabalhistas, que estavam preparados para recuperar a terra a despeito da dificuldade das circunstâncias e apesar do risco para a vida humana. Além do mais, eles estavam prontos a realizar aquela obra por si mesmos, em vez de empreendê-la através da contratação de trabalhadores árabes supervisionados por administradores agrícolas judeus.[14]

À medida que o povo judeu continuou na prática do aliyah (i.e, um termo hebraico que significa “subir”; imigração) a Israel, ficou evidente o seu amor pela terra. Eles adquiriram áreas estéreis assoladas e instalaram sistemas de irrigação; roçaram o terreno, retiraram as pedras e fizeram o plantio do solo. Além disso, drenaram vales pantanosos, brejos infestados de mosquitos, e os transformaram em terra fértil cultivada.
O povo judeu alimenta dentro de si um anseio natural e intenso pela terra de Israel e por Jerusalém, sua amada cidade. O salmista compreendeu esse desejo singular, quase inexplicável, quando
escreveu: “Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita” (Salmo 137.5).

Há 40 anos atrás, quando os israelenses começaram a se mudar para a região de Gush Katif na Faixa de Gaza, os árabes lhes disseram que a terra era amaldiçoada e que nada podia ser colhido daquele solo. Contudo, recentemente, quando os israelenses foram obrigados a deixar aquele território em virtude da política governamental de retirada da Faixa de Gaza, eles já tinham transformado Gush Katif no celeiro de cereais de Israel. Na realidade, esses judeus conseguiram fazer ali o que sempre fizeram: levar o deserto a florescer.
Os turco-otomanos muçulmanos deixaram um legado de desolação. Porém, Deus prometera que a terra ficaria desolada até que Seu povo – os filhos de Abraão, Isaque e Jacó – retornassem a ela:
“Portanto, profetiza e dize: Assim diz o Senhor Deus: Visto que vos assolaram e procuraram abocar-vos de todos os lados, para que fôsseis possessão do resto das nações e andais em lábios paroleiros e na infâmia do povo [...] Portanto, assim diz o Senhor Deus: Certamente, no fogo do meu zelo, falei contra o resto das nações e contra todo o Edom. Eles se apropriaram da minha terra, com alegria de todo o coração e com menosprezo de alma, para despovoá-la e saqueá-la. Portanto, profetiza sobre a terra de Israel e dize aos montes e aos outeiros, às correntes e aos vales: Assim diz o Senhor Deus: Eis que falei no meu zelo e no meu furor, porque levastes sobre vós o opróbrio das nações. Portanto, assim diz o Senhor Deus: Levantando eu a mão, jurei que as nações que estão ao redor de vós levem o seu opróbrio sobre si mesmas. Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, o qual está prestes a vir” (Ez 36.3,5-8).
“Mas vós, ó montes de Israel, vós
produzireis os vossos ramos e dareis o vosso fruto para o meu povo de Israel, o qual está prestes a vir” (Ez 36.8).

Apesar da opinião do mundo acerca de Israel ser predominantemente anti-semita, a Escritura Sagrada é muito clara: o Deus soberano do universo criou os céus e a terra (Gn 1.1). Ele também criou o povo judeu, como uma nação constituída que nunca existira anteriormente. Além disso, Ele prometeu aos judeus um bem imóvel [i.e., um território] que se localiza literalmente no centro do mundo. Israel é uma Terra Prometida a um Povo Escolhido. O relacionamento entre a terra e o povo é simbiótico, ou seja, eles podem existir como entidades distintas, mas somente juntos são capazes de cumprir plenamente tudo o que o Senhor Deus prometeu.

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